Ensaios

Enquanto o mudno gira, ninguém pára e olha para o lado. Ninguém se preocupa com o que se passa dentro do outro ser. Ninguém tenta curar as chagas que se propagam. Ninguém está disposto a amar.
Não o amor carnal, que tem a dimensões de uma cama e dois seres, nem o amor espiritual, pregado por padres e pastores. Apenas o amor, simple como ele, impositor de mistérios, avassalador.
Nada daqueles atos piegas nem das possessões e ciúmes. Nada de lágrimas e dor. Apenas o partilhar, caminhar lado a lado na mesma estrada, se fazer importante na vida do outro, não por ser importante, mas por se importar.
Dividir risos e lágrimas. Preencher o vazio com um abraço, um cafuné gostoso e o calor do carinho. Saber que se é mais que ontem e menos que amanhã. Que o ser querido estará sempre presente, mesmo que ausente.
Pois é, o mundo gira, as civilizações mudam, a vida segue seu ciclo e, o homem, continua a não olhar para o lado, apenas para dentro de si mesmo. Reclamando da falta de amor, culpando aos outros por sua sorte infeliz.
E assim, quando esbarra em alguém, o agarra com tanta gana e afinco que causa todos os males do amor; a dimnsão de uma cama, dor e solidão, ciúmes e pieguice.
São tantos os bens do amor e, só quem amou pode sabê-los. Só quem amou pode querê-los. Só quem precisa de amor pode tê-los.