Coisas da cidade

As discussões duram toda a noite,
Mas a polícia nunca se envolve,
E nem esquento, só escuto.
As outras garotas voltam do baile,
Suas roupas são engraçadas,
Mas não me sinto deslocada.

O bar da esquina está aberto,
Há velhos mal-cheirosos lá.
Suas mulheres não se preocupam,
Têm suas casas para cuidar.
Elas se mantêm sozinhas...

De madrugada é assim,
Ninguém se vira bem sozinho,
Ninugém quer ajuda alguma,
Preciso eu, de ajuda, agora...

Garotos em motos passam apressados,
Parece que disputam rachas
E vendem suas almas a alguém.
Leio em algum lugar,
Mas fico sem acreditar, que
Alguém é santo ao assassinar.

No terreno escuro, ao lado,
Há um casal "apaixonado",
Ninguém vai tirar-lhes o prazer.
A escuridão está pratindo,
Corta a noite tão rápido,
Mas logo faz a curva e some,
Alguém chora, eu sei, na verdade.

Está tudo bem.

De madrugada é assim,
Ninguém quis me inspirar,
Ninguém quer me fazer chorar,
Só choro quando há motivo.
As noites aqui, me fazem cantar.

Amanheceu e eu quero dormir,
Mas os sons da vida são tocados.
Mais um dia começou.
Uns nascem e outros morrem
E os amantes se despedem,
Dizem boa noite...

Eu quero me separar do mundo,
Então tentei com esta canção...