
Ouço distante, a revoada de passarinhos... embalados por cítaras, fazem sua coreografia cortando o ar.
Ouço o riso de uma criança, explodindo em gargalhadas... fazendo redemoinhos de alegria e iluminando a noite descampada.
Ouço o silêncio que inunda o caos das idéias... cantarolando emoções e fazendo embebedar nos rios das invenções.
Ouço o devaneio gritante do homem errante... chorando e correndo, fugindo da culpa e do medo de ser feliz.
Ouço apenas, nada sinto... ouço e nada falo, pois o falar dos tolos faz perder a essência de tudo o que não deve ser além de natural...